sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

(*) Estive meditando sobre o Natal...

Interessante...
Não consegui me fixar só na imagem
de uma doce criança adormecida,
repousando sobre um leito de palha.

Meditar sobre o Natal levou-me a Jesus
trazendo-nos a Boa Nova.
"Eu lhes dou um novo mandamento:
Amem uns aos outros, assim como eu os amei."
(Jo,13,34)

Passaram-se dois milênios...
A ciência e a tecnologia
descortinaram horizontes ilimitados.
A humanidade deveria estar em paz!
Mas não está.

Confusas, as pessoas não encontram uma forma
de como ser gente no mundo das máquinas.
Apesar do conforto e das comodidades,
vivemos uma grande solidão.
Esquecemos o Mandamento do Amor!
E, assim, vivemos a solidão do desamor.

O Amor é gratuito. Não se compra e nem se troca.
O Amor requer profundidade. Não sobrevive na superfície.
O Amor repousa na alma
de onde transborda para o corpo e para o universo.
O Amor tece laços com linhas de infinito.
O Amor é nosso traço de união com Deus,
através dos nossos companheiros de caminhada.

Natal.
O Amor pede permissão para nos entregar
a Paz e a Felicidade que nos foram destinadas.

Um Feliz Natal de Amor para todos nós


(*) Anónimo




Um Santo e Feliz Natal
:)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Coração Ousado II

A vida leva-nos a viver situações que nós próprios não pensamos em ser possível… ou porque é algo com o que não nos identificamos, ou porque é algo tão bom que é muito pouco provável acontecer, ou simplesmente, nunca pensamos que essas coisas podem acontecer a nós próprios…

Como dizer que não a uma invasão de sensações extraordinárias que poucas vezes na vida temos a oportunidade de as viver?! Mas qual a atitude a ter quando o que fazemos está errado mas dá-nos prazer e ao mesmo tempo coragem de arriscar para transformar o que está errado se torne certo, e poder viver de encontro com os nossos ideais.

Pensamentos abstractos e livres aparecem, sem eu ter qualquer controlo possível. Ainda tento ter algum controlo nas minhas atitudes mas os sentimentos saem nas palavras que prenuncio… e envolvo-me sem querer. Mas há algo que está a fugir do meu controlo e é difícil controlar a essência da verdade… e isto faz-me sentir medo!

Tenho vontade, pela primeira vez, de seguir o coração sem qualquer medo, pudor ou mesmo insegurança. Os sentimentos podem ser confusos mas sei que aquilo que sinto não é vulgar e nem todos têm a oportunidade de viver.
Eu tive sorte desse alguém entrar na minha vida, dar um ar fresco e fazer renascer sentimentos profundos… não é um simples gostar, não é um simples sentir-me bem, não é um simples acaso, não é definitivamente algo sem valor! Tenho necessidade de partilhar a minha vida, os meus sonhos, criar algo em comum, fazer parte da vida dessa pessoa bem como ela fazer parte da minha, proporcionar-lhe tudo de bom na vida…

Não sei o porquê desta necessidade, mas talvez seja a única forma de agradecer tudo o que me fez sentir e que me proporcionou viver nem que seja-se só por estes dias… coração a bater mais forte, sentir borboletas no estômago, pensamento vadio, sorriso estampado no rosto, estado de espírito em alta… e o que é complicado torna-se mais simples simplesmente porque está ao meu lado…

Tenho a sensação que sempre o conheci, que não é ninguém novo na minha vida, que esteve sempre ao meu lado talvez como um anjo que se transformou em humano e que apareceu no momento mais inesperado na minha vida. Além de conhece-lo pelas poucas horas passadas juntos, sinto que é com ele que gostaria definitivamente ficar. É com ele que gostaria de viver os melhores anos da minha vida, fazer o que me faz sentir bem junto dele e estar presente e partilhar os seus momentos e sonhos, ser testemunha da sua felicidade, bem como fazer parte dela.

Sei que a vida dá voltas, sei que infelizmente não depende só de nós… Mas neste preciso momento é isto que sinto, é isto que quero, é isto que desejo para mim e sinto que é isto que me fará feliz. E sinto que tudo isto pode ser recíproco. Para quem conhece-me, sabe que não uso essa expressão mas acredito, agora, que um dia será possível de pronunciar… porque simplesmente já tive um momento de extrema felicidade.

Analisando esta situação, tudo isto parece tirado de um filme, onde a possibilidade de ser real é quase nula pois infelizmente filmes são filmes e a realidade costuma ser outra! Mas caros leitores, independentemente do que possa acontecer, tudo isto valeu a pena e certifico-vos que existe amor à “primeira vista”…






terça-feira, 21 de dezembro de 2010

SEGREDOS - EZ SPECIAL feat PAULO GONZO

Viver sem tecto. Morrer sem chão

Á procura do seu sonho, na esperança de concretizar os seus ideais, deixou o seu país e sua família… Motivação e vontade de procurar e encontrar algo melhor era a esperança que trazia na sua bagagem de viagem…

Teve a ousadia e a coragem de arriscar, mas não teve a humildade e a ponderação nas suas escolhas e meios para atingir os seus objectivos, bem como, creio que não seguiu o seu coração para bem perto da sua família…

Acabou por abandonar a sua família e os valores que lhe fez vir para cá, dando oportunidade à miséria e à pobreza invadir a sua vida, não só em aspectos materiais, mas principalmente a pobreza como ser humano e pobreza em sua alma.

Com ajuda, conseguiu permanecer 10 anos, ilegal, sendo uma pessoa sem rosto mas um número para a sociedade… Não exercendo a sua formação deixou-se levar pelo comodismo e banalidade… Portugal proporcionou uma nova vida, mesmo sendo de miséria, que fez perder as suas raízes. Questiono o porquê de não voltar para o seu país e deixar-se degradar desta forma…

O seu mundo à parte construiu…! No álcool se refugiou, a sua casa sem tecto encontrou e infelizmente a sua morte sem chão defrontou… Não sabemos quantas horas ficou no vazio do gelo do chão, mas o chão, unicamente o chão, foi o seu companheiro de fim de batalha. Mesmo agora não tendo um chão para descansar em paz!

Desemparado e sem ninguém, um corpo cá permanece e em paz não pode ficar pois não temos ande o colocar… As pessoas que o quiseram-no ajudar não conseguiram seu comportamento modificar, agora dizem que tudo diferente devia ter sido feito…. Questiono, é preciso isto acontecer para que as pessoas assumem as suas responsabilidades?! E os amigos?! A escolha foi dele, mas não foi capacitado, nem auxiliado para algo melhor… e isto é da nossa responsabilidade como profissionais! Falta de recursos? Falta de oportunidade? Falta de tempo?

Se as coisas tivessem sido diferentes agora não estávamos a desperdiçar os recursos com o seu enterro, a perder o tempo na procura da sua família para anunciar a sua morte… e sim, estaria ainda vivo.


Pior que viver sem tecto, é morrer sem chão!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Coração ousado…


Não me quero envolver mas já envolvendo… meu coração teve a ousadia que eu nunca teria! Mas também te sinto por perto, será que ele terá alguma razão?

Num lugar acolhedor em meu canto, como sempre, estava. Não frequentava aquele lugar, mas precisava de um pouco de alegria, um pouco de confusão, ver caras novas… mas como nada acontece por acaso, algo aconteceu e ao meu lado se assentou!

Não olhei em seus olhos pois não queria dar a conhecer nem ser descoberta, mas sua conversa cativou-me… problemas, confusões, pensamentos e indecisões iguais aos meus….! O dialogo se prolongou, e o lugar acolhedor se transformou num mundo à parte, onde todas as pessoas desapareceram e o barulho em silêncio se transformou… não dei conta nesse momento, mas algo aconteceu! Talvez a nossa dor nos juntou…!

Ao longo da noite sua protecção enriqueceu-me, a minha timidez deu lugar a simpatia e deixei-me envolver, como tantas outras pessoas se deixam levar numa noite em que alegria e a descontracção estão presentes!

Não dei importância… Simplesmente fez-me bem a noite… Pois o cansaço, fez-me dormir!

Novo dia começa…

Sem querer, querendo, olhei minuciosamente em seus olhos… doces e meigos… Desviei! Algo que não poderia pensar nem corresponder! Mas sua companhia tornou-se notória… a sua alegria, o seu sorriso, o seu olhar envolvente e o seu afecto fez-me aproximar…
Soltei-me mais um pouco, e sem notar, dou comigo ansiosa por algo que desconheço… Disfarço com um sorriso envergonhado e continuo a deixar-me levar na brincadeira, a vida é feita de bons momentos e este seria simplesmente mais um bom momentos com pessoas maravilhosas…

Mas sua atenção, o seu acolhimento por alguém que não lhe dizia nada, não me fez ficar indiferente, e a nossa cumplicidade, companheirismo, alegria foi-nos contagiando! E a sua ousadia… sim ousadia, mesmo não sabendo, seja o acaso a se responsabilizar, fez algo que me denunciou…

… aquela música…

… o seu toque…

…a sua respiração…

… a sua voz em meu ouvido…

E aquele, sem duvida aquele, Abraço inesperado!!!

Acabo, por me sentir envolvida, mesmo não querendo! Meu pensamento voa sem limites!

Meu coração bate de uma forma diferente, mesmo sabendo o risco que corro e de saber que nada disto poderá ser possível, mas sinto-me bem contigo mesmo não conseguindo esquecer as suas consequência e os danos colaterais desta relação!

Por ser algo proibido, não lhe toquei como gostaria, não correspondi da forma como desejava, não seria correcto! Mas tive a ousadia de aproveitar o seu abraço e ofereci o meu melhor abraço… e se um dia ele tornar a voltar, meus braços estarão abertos!!

Não me quero envolver mas já envolvendo… meu coração teve a ousadia que eu nunca teria! Mas também te sinto por perto, será que ele terá alguma razão?


sábado, 4 de dezembro de 2010

Pensamentos **

Estava à procura de algo para conseguir desenvolver neste meu Porto de Abrigo… procurei imagens de várias especialidades e formas… procurei poemas… canções… mas nada se identificou com o meu estado de espírito!

Eis que li duas frases que não são novas para mim, mas que de alguma forma fez-me pensar e olhar para elas de uma forma diferente e especial… E até sublinho que seja realmente esta a resposta que procurava ao longo desta semana… e simplesmente só tenho que dar-me oportunidade de seguir isso mesmo…

‘ Amo a liberdade por isso as coisas que amo deixo-as livres, se voltarem foi porque as conquistei, se não voltarem foi porque simplesmente nunca as tive ‘

E para complementar e acentuar a mesma ideia, eis:

‘ Os ventos da vida às vezes tiram o que amamos… mas são os mesmos ventos que trazem algo que aprendemos a amar! Por isso não devemos entristecer por aquilo que nos foi tirado, e sim aprender a amar o que nos foi dado… pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre ‘

Depois de ler e reflectir sobre o que está aqui pronunciado… não tenho dúvidas que a vida é um dom em que temos em nossas mãos a responsabilidade de a viver… de a viver cada momento que ela nos proporciona mas também ser-nos capazes de proporcionar momentos especiais e intensos, de fazer-nos sentir bem mas também a quem nos rodeia faze-las sentir especiais…

As escolhas são nossas, nada na vida não é mais que uma escolha que optamos e que temos a responsabilidade de a viver… e essa escolha para ser bem sucedida tem de ir de encontro com o que realmente queremos para nós, para a nossa vida… tem de ir de encontro com o que nos identificamos e que nos faz sentir vivos! Isso é viver!

Se por alguma razão algo acontece, e que nos faz perder o sentido não nos resta mais nada senão dar-lhe um novo sentido… Somos nos que traçamos a nossa vida, abrimos os caminhos que queremos… A pobreza consiste, unicamente, se nos sentir-nos pobres.

Esquecemo-nos que muitas das vezes o problema não é o problema… o problema é a atitude em relação ao problema, e é essa atitude que temos de avaliar e fazer ver o que é modificável… Sempre é tempo de recomeçar.

A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades. O insucesso, a tristeza de um acontecimento, é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.

Temos de pensar muito mais na forma como estamos a viver este dom que é a vida, e de valorizar-nos, bem como valorizar as oportunidades que proporcionam a cada momento… e pensar menos naquilo que não temos… o que tiver de ser nosso, nosso será! E se por alguma razão as coisas assim acontecem, é porque o melhor está por vir… e não temos o direito de deixar de nos sentir vivos por algo que só nos faz mal!

Começo a gostar de sentir-me assim, livre e proporcionando momentos de certa forma particularmente exclusivos :)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

New Life

Anjos - Virar a página - Official Video clip .



Lembro-me das noites sem dormir
Das canções que ouvíamos lado a lado
Segredos e frases que então trocamos
Naquele vazio do passado
Eu sei que tudo passa
Tudo fica para trás
É como um livro que não li
Por isso eu sinto e sei que te vou esquecer
Que desta vez irei dizer
Eu primeiro
Virar a página é querer rasgar as cartas que eu te escrevi
Sei que vou sair e viver sem ti

Lembro-me da chuva em agosto
E sinto que nada é permanente
Sei que tudo muda e que tudo passa
Nunca nada é para sempre

Eu sei que tudo passa
Tudo fica para trás
É como um livro que não li
Por isso eu sinto e sei que te vou esquecer
Que desta vez irei dizer
Eu primeiro
Virar a página é querer rasgar as cartas que eu te escrevi
Sei que vou sair e viver sem ti

Por isso eu sinto e sei que te vou esquecer
Que desta vez irei dizer
Eu primeiro
Virar a página é querer rasgar as cartas que eu te escrevi
Sei que vou sair e viver sem ti

Sei que vou sair
Vou te esquecer

domingo, 21 de novembro de 2010

Novos caminhos

Nada na vida acontece por acaso… Uns caminhos se cruzam… outros descruzam-se… Assim é a nossa caminhada nesta nossa vida e perante as pessoas que fazem parte dela… perante as decisões e escolhas que optamos estamos sempre a decidir o nosso futuro e o que queremos ser como pessoas…

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um passo em frente… porque a vida continua…

Algumas atitudes e decisões tornam-se de difícil execução quando a avaliação das mesmas são importantes para nós…

É difícil deixar o meu lar assim… neste tempo exacto… não abandono a família mas estarei longe por algum tempo, mas não posso alongar mais esta decisão! Mesmo que essas pessoas incentivam a “andar para a frente” porque “tem de ser” não alivia o peso que levo por não estar junto deles mais tempo…

É com um pouco de humor que estas conversas surgem neste local tão frio, mas sempre que falo há um aperto no coração… À minha frente tenho três malas, à sua volta tenho tudo o que preciso para colocar nelas… mas não tenho coragem.

Questiono se isto vale apena, pelo menos desta maneira, por muito que vá concretizar o que estava a projectar durante um ano e que a vida teimava não deixar… Mas agora, agora é diferente! Deixo-vos e vou deixar o meu coração convosco, por muito difícil que seja estávamos juntos, apoiava-nos, mas se mesmo assim não me sinto bem, nem quero imaginar depois… a quem vou poder abraçar, sentir o aconchego e encontrar a força para em frente seguir…

Eu vou cumprir os meus compromissos mas levo-vos no meu coração, e daqui a um ano se atingir mais este grau académico devo isso a vocês…



Vou… mas um aperto no coração




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aprendizagem


São fases como esta que nos fazem pensar duas vezes sobre a vida que conduzimos e sobre o que é realmente importante na nossa vida…

Deparamos com o que realmente somos neste mundo… pois de um momento para outro tudo se perde… Aqui se fosse em outra situação diria “nada se perde, tudo se transforma”, mas há coisas que se perdem… e perdem-se para sempre!

Também questiono-me sobre o porquê de passar-nos por algumas situações que só nos trás desespero, e não nos faz falta… Aprendizagem?! Aprender com a dor, definitivamente nunca se esquece…Mas sacrificar os outros? É verdade, que por vezes aperfeiçoa-nos, mas sinceramente, nem tudo se justifica… e há a revolta expressa no nosso rosto.

Quando exerço o meu trabalho é com humanismo que o faço, e adoro… mas estar do outro lado, não é fácil, talvez isto faça de mim olhar de forma mais especial os outros que precisam de nós, do nosso profissionalismo mas também da nossa atenção e carinho.
Infelizmente esta situação trás consequências, não para mim directamente mas algo que condicionará a minha vida e a vida daqueles que amo.

Está tudo mais calmo… está tudo mais tranquilo… só com o tempo e muita coragem que se vai vencer esta batalha.

Agora vou viver a minha vida, olhando para os meus doentes de uma forma “mais” especial, ter paciência com os familiares, pensar com o coração mesmo com profissionalismo, olhar para o doente como uma pessoa e não pelo numero da sua cama, ouvi-lo, dar um sorriso, uma esperança… não criar expectativas mas também não pintar o futuro a negro…


De volta à realidade. E Obrigado Mãe por mais esta aprendizagem.


Uma nova viagem inicia…

sábado, 6 de novembro de 2010

Mãe

Hoje estou demasiado triste para escrever seja o que for… não encontro palavras que possam demonstrar o sofrimento que está em meu peito…


Só consigo derramar lágrimas ocultas e fechar os olhos para que tudo isto passe e que não seja mais do que um pesadelo…

Só consigo dizer… Amo-te Mãe, tudo vai ficar bem!



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Reflexão sobre o Amor


Sempre tive uma maneira diferente de viver o amor, diferente mas especial, creio eu! Para viver-nos os nossos sentimentos precisamos de ser verdadeiros com as pessoas mas principalmente connosco próprios! Muitas pessoas não o são, e estão a enganar a elas mesmas criando uma teia de falsidade perante os seus sentimentos pelos outros. Mas hoje em dia, acho que ninguém se apaixona de verdade, ninguém arrisca, ninguém quer viver um amor insaciável. Sei que a nossa sociedade perdeu muitos valores, e quem faz a sociedade são as pessoas, e o materialismo e a frieza faz-se notar nas relações, Porque hoje as pessoas “apaixonam-se” por uma questão de prática, porque dá jeito, porque são colegas e estão mesmo ali ao lado, porque se dão bem e não se chateiam muito, por causa da cama… há muitas razões, mas não há verdadeiros sentimentos nelas. Onde está a espontaneidade das pessoas, os abraços e beijos inesperados, o romance, as flores, as trocas de carinhos, a surpresa inesquecível, o filme e a musica que pertence à historia de amor, as lágrimas partilhadas… as frases ditas olhos nos olhos que nos fazem sonhar e o coração bater mais rápido? A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível… porque tudo está a frente dos sentimentos, aquele trabalho, aquela saída, aquela preocupação… mas e depois, aquela pessoa vai estar lá? Não é mais fácil e não se vive melhor quando temos o coração cheio de amor e um sorriso na face que faz com que tudo o resto nos pareça mais simples, porque sabemos que não estaremos sozinhos…? Nunca vi namorados tão empobrecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje... Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende mas que nos faz bem, nos faz sentir vivos. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém, por muito longe que esteja, por muito difícil que seja, ou por muito desesperadamente, porque o coração guarda o que se nos escapa das mãos… mas se formos sempre fieis aquilo que sentimos e aos nossos valores, tudo acabará bem.

Temos de agir, demonstrar o que sentimos, vive-los intensamente, nunca deixar apagar o sentimento. Uma flor, um gesto, uma palavra que faz-nos sentir que nada mudou… Porque Amar é escolher 'aquela' pessoa no meio de todas as outras e nunca duvidar - nem por um único instante - que é aquilo que queremos para nós, para toda a vida. Amor é paixão, é loucura, é ciúme. Amar é olhar o nosso futuro e imaginar aquela pessoa connosco até sermos velhinhos, gordos, rugosos e incontinentes e, ainda assim, ter a certeza que foi a melhor escolha da nossa vida... E, mesmo neste momento, sermos incapazes de olhar outra pessoa qualquer, porque acreditamos, sabemos que temos o melhor do mundo junto de nós! Amar é sonhar, é fazer do outro feliz, é cumplicidade, é querer sempre mais, é conhecer todos os defeitos e - apesar disso - conseguir amar cada vez mais!

Mas nem todas as pessoas estão dispostas a isso. Nem todas as pessoas querem viver assim. Nem todas as pessoas precisam disto, que na minha opinião é a essência da vida… Eu preciso e acredito nisto, acredito que precisamos de sininhos que nos fazem sonhar… e só assim vale apena viver um amor. O Sininho não me fez sonhar, o Sininho não vive o amor desta forma, na sua história só há tempo e espaço para o amor quando lhe dá jeito, quando está ali ao lado. Combina e descombina do pé para a mão… tal como a sociedade de hoje, que está perdida porque não sabe os valores fundamentais para a vida.

Vou continuar à procura de um novo Sininho que me faça sonhar e viver um amor assim... até lá os amigos serão o espelho da minha alma e o meu porto de abrigo seguro, pois sei que não falharam quando eu mais precisar deles...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pensamento*

' Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes' ...


*Jacob Riis



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mudança

Quem de nós não tem dificuldade em aceitar uma mudança, adoptar novos objectivos quando os que tínhamos não se consegue concretizar… Mudar de estratégia… Repensar em novos desafios. Novas soluções.

Não é fácil aceitar uma mudança de uma hora para a outra, mas por vezes é-nos imposto e não temos como fugir a essa mudança, não sabendo como irá ocorrer mas na esperança que as coisas não acontecem por acaso, e a vida é sempre uma aprendizagem.
Hoje, foi-me imposto um desafio, não vai de encontro com o que desejava mas uma possível solução… um possível caminho mais fácil de percorrer, talvez! Mas não o que desejava…. Não sei se este estado de dúvida será o medo/obstáculo da própria mudança ou na incerteza do próprio desafio… como tudo na vida há consequências nas nossas escolhas, e as consequências nesta poderão ter impacto.

As mudanças são necessárias… As casas mudam, os gostos mudam, os pensamentos mudam;
Os lugares mudam, as outras pessoas mudam e nós, nós, inevitavelmente, mudamos.

Todos nós experimentamos a mudança em nossas vidas. A mudança é uma constante em nossas vidas. Há mudanças que estamos ansiosos para mudar e que temos medo. No entanto, uma coisa é certa. As coisas não vão ficar na mesma, não importa o quanto gostaríamos que ficassem. Quando ocorre uma mudança na vida, seja ela qual for, temos duas opções em como responder. .. Podemos olhar com desanimo para a mudança e assumir que as coisas vão ficar piores, ou podemos olhar com entusiasmo ver as novas possibilidades que a mudança apresenta.

sábado, 16 de outubro de 2010

Pluma-Fora de Tempo (Desistir de Tentar)




Fora de tempo (Pluma)

Cada vez que estou, não estás
Quando esqueço, voltas atrás
Sempre fora do tempo
Que temos para nós

Cada vez que sinto, sais
Quando esqueço, vens atrás
Sempre fora do tempo
E esqueces de amar

Desisti de tentar
Acertar o teu tempo e o meu
Não há nada a fazer
A vida ri de nós

Cada vez que dói, eu vou
Quando esqueces, eu não estou
Sempre fora do tempo
E vives sem dar

Cada vez que erras sou
Vestígio do que posso ser
Sempre fora do tempo
Sinto a sufocar

Desisti de tentar
Acertar o teu tempo e o meu
Não há nada a fazer
A vida ri de nós (sim, ri de nós)

Cada vez que estou, não estás
Quando esqueço, voltas e eu sou menos tua
E tu sais de mim
Estamos fora do tempo
Estamos fora de nós
Ficamos por fim sós

Desisti de tentar
Acertar o teu tempo e o meu
Nada há a fazer
A vida ri de nós (sim, ri de nós)

****

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Encontro

Marcou-se um café, e na incompreensão do acontecimento, foi aceite até com agrado. Á hora marcada os nossos olhares cruzaram-se e sem mais demoras fui envolvida num aperto de braços… aconchegador… retribui e pensei “como senti a tua falta”, mas nada disse, simplesmente retribui.

Sentamo-nos sem trocar qualquer palavra numa mesa do café, a mesa do “canto” do café, sei que não te esqueceste dos meus hábitos e gostos, mas dos quais sempre identificaste mesmo sem nunca teres dito nada.

A primeira palavra/expressão que foi mencionada, comoveu-me! Mas como estavas nervoso não sentis-te, simplesmente continuas-te. Sei que não prenunciei qualquer palavra pelo menos durante 23 minutos e as pausas que fazias eram silêncios preenchidos com a troca de olhares, com a música ambiente de uma rádio qualquer e o vaivém das pessoas...

Nunca te ouvi a falar tanto, nunca te vi com a expressão que estavas. Não eram palavras quaisquer, eu sei… eu senti-as… Eram palavras vindas do coração pela simplicidade e pureza que eram transmitidas e alguma dor a complementa-las.
A tua dedicação e determinação no que foi dito, nesse diálogo, fez-me tremer as pernas e sentir um aperto no coração. Acho normal sentir-me assim, foi isso que sempre quis ouvir durante tanto tempo… Mas tu sabes que há momentos certos para tudo. Talvez este momento não fosse o mais adequado… mas como desejei ouvir o que agora acabas-te por dizer!

Lembro-me de ter olhado para ti e questionar-me a mim própria “o porquê disto agora?!” Mas curiosa que sou, nem tive a ousadia de perguntar, pois não me interessa agora a resposta que ias dar.
Depois de tudo dito, continuei sem nada prenunciar, pois não tinha nada de novo para te dizer. A única coisa que poderias ouvir de mim era que senti muito a tua falta e que foste muito importante para mim. E agradeço por me ajudares a construir e a ser a pessoa que sou hoje.

Sei que és teimoso e tens as tuas crenças e ambições, são elas que te movem para tudo, e essa tua coragem e motivação contagiava-me, mas também sei que não és homem de olhar para trás e de pensar duas vezes no que foi feito, esse teu orgulho corrói por dentro, mas és feliz assim, e eu fico contente por ti.



A vida é irónica**

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tenho pena e não respondo (Fernando Pessoa)

A vida é irónica**

Tenho pena e não respondo.
Mas não tenho culpa enfim
De que em mim não correspondo
Ao outro que amaste em mim.

Cada um é muita gente.
Para mim sou quem me penso,
Para outros --- cada um sente
O que julga, e é um erro imenso.

Ah, deixem-me sossegar.
Não me sonhem nem me outrem.
Se eu não me quero encontrar,
Quererei que outros me encontrem?

Fernando Pessoa

**Esta é a minha resposta.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Roda e torna a Rodar

Sinto a necessidade de expor o que me vai na alma, mas não consigo. As palavras não saem, e as que saem não tem contexto nem nexo. Falta de coerência. Não encontro calma e serenidade nos meus pensamentos. Roda e torna a rodar. Não consigo definir o que realmente sinto, muito menos consigo prenunciar o que realmente se passa em muito coração e alma. Roda e torna a rodar. Questiono em alta voz para que as paredes do meu quarto possam ouvir, com a esperança de poder escutar a sua resposta. Questiono em alta voz para que eu própria consiga identificar a loucura a que cheguei. Roda e torna a rodar. Tento seguir em linhas paralelas algo em que acredito. Faz-me bem mas não o suficiente para me fazer sonhar, e isso não me faz feliz. Roda e torna a rodar. Não consigo abstrair do resto dos problemas e isto deveria ajudar. Mas não consigo. Roda e torna a rodar. Pensamentos acumulam-se, não se complementam porque são distintos. Palavras insensatas são ditas em baixinho, não as consigo controlar. Roda e torna a rodar. Clareza, segurança e acolhimento gostaria de sentir. Talvez isso, ISSO seria uma ajuda para a resposta das minhas questões, que até agora, rodam e tornam a rodar em meu pensamento

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O momento de hoje – Reflexão

Algo que nos diz muito de uma pessoa são os momentos e a cumplicidade que compartilhamos.

A essência do seu ser, a maneira de interpretar e de ver a vida, a forma com alcança o que deseja ultrapassando os obstáculos. A força e a coragem que é oferecida. A ousadia que se ganha para agarrar novo desafio. Energias renovadas.
Os sorrisos, as gargalhadas que partilhamos… Os sussurros e os olhares que se trocam.

Os segredos e as conversas deitadas fora. Recordações do que fomos e do que somos num período de tempo determinado, mas como faz bem essa partilha, esse diálogo com uma pessoa que nos diz muito, não porque esta sempre presente, mas por estar lá quando algum momento da minha vida é significativo.

E um bom momento é vivido e este momento da minha vida foi festejado.
Obrigado por partilhares hoje esse momento comigo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Algo

Algo inato
Quase ingrato.

No teu ver
O meu ser.

Algo essencial
Mas espalha o mal.

Volta a cair
No seu sair.

De novo volta a recomeçar
Para novamente acabar.

Algo de imediato acontece
E vazio parece.

Pobre de espírito no seu ser
A sua essência a desenvolver.

Não o suficiente para alcançar
Eu de novo volto a recusar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Destino e o Homem

Destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha; Não é uma coisa que se espera, mas que se busca.
(William Jennings Bryan )




Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo.
(Jean-Paul Sartre )

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Coisas, são simplesmente coisas...

Podia dizer-te para ficar… mas sei que não seria mais do que um momento…

Podia dizer-te o que realmente se passa no meu mundo… mas sei que não seria mais que um desabafo… e não valeria apena.

Há coisas que não são necessárias de prenunciar… basta sentir e ver no olhar, e eu infelizmente senti e vi.

As coisas não serão mais do que isso, coisas… Não devemos dar valor, significado a mais do que realmente é a realidade…

Coisas, são simplesmente coisas, e assim ficarão, não adianta aclarar, proferir, mencionar… as coisas ficam como são.

Coisas, são simplesmente coisas… e devemos dar valor à sua realidade, e não à realidade que gostaríamos que fosse.


sábado, 14 de agosto de 2010

Controle





Porque não temos o controlo de todas as coisas…
Porque não conseguimos controlar tudo o que vai acontecendo…
Porque, muitas vezes, nem a nós próprios conseguimos controlar…

Não tenha orgulho, nem a certeza que poderá controlar tudo o que se passa na sua vida!
Tenha a humildade e a tolerância.
A humildade de nunca desistir do que deseja e a tolerância de aceitar alguns momentos como fossem o “destino”… para tudo há uma razão de ser.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sexta-Feira 13



Xutos & Pontapés (Letra: Sexta-feira 13)

Hoje é Sexta-feira 13
E não há nada a perder
Pela segunda lei de Murphy
Tudo pode correr mal
À porta do paraíso todos esperam por Ti
Mas o teu caminho é outro
Hoje o teu caminho é duro
Nesta Sexta-feira 13

Nós andávamos sempre juntos
Nós sonhávamos sempre juntos
Protegendo-nos do lodo
Descobrindo por excesso
Ou por simples exagero
Até onde podíamos ir

Por entre jogos e invenções
Entre danças e canções
O perigo rondava a sorrir
E o nosso caminho foi outro
O nosso caminho foi duro
Nesta Sexta-feira 13
Tão fácil de recordar
Nesta Sexta-feira 13
Onde nos vamos encontrar
Guiamos no véu vermelho
A vida tem outro sabor
Numa sexta-feira 13
Tudo pode acontecer
Numa sexta-feira 13
Tudo pode acontecer
Nesta sexta-feira 13

Hoje é sexta-feira 13
E tudo pode acontecer
Hoje é sexta-feira 13
E tudo pode acontecer
Hoje é sexta-feira 13
E não há nada a perder

Hoje é sexta-feira 13


P.S. O meu número da sorte é 13.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lamento

Olho para o seu rosto… pálido e triste, velho e tão novo!
Consigo ver as lágrimas nos seus olhos pequenos, lágrimas de medo de algo tão incerto.

E como me sinto mal…

Procuro dar um sorriso de esperança, palavras amigas e reconfortáveis, menciono bem alto frases encorajosas para que eu mesma posso acreditar.

Como me sinto mal no meu mundo…

Não consigo olhar fixamente em seu olhar, porque sei que poderei fraquejar, mas com um sorriso tento fé demonstrar. Não poderia ser diferente, não poderia o meu medo e revolta testemunhar.
Não o direi, mas…

Sinto-me mal…

Só queria proteger, qualidade de vida assegurar, mas demasiada preocupação não demonstrou ser a forma mais digna, porque eu sei, que tu preferias não saber. E como é fácil lembrar como todo isto começou…

Sinto-me mal…

Lamento.

Mas não vou deixar cair, tudo isto passará. E ainda vamos sentir-nos orgulhosos por tudo isto ter acontecido, porque tudo vai ficar bem.
Mas até lá… Lamento.

E no meu mundo, sinto-me mal…

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Imagens... que valem por mil palavras...





A história de algo... Algo que surge...
Inocência, carinho, cumplicidade...

Há momentos que devem ser vividos intensamente, e o seu inicio é tão... tão... especial!

Há imagens que valem por mil palavras...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sentido para a vida




Dizem que o que procuramos é um sentido para a vida, mas na minha opinião, penso que o que procuramos realmente, ou que devemos procurar, são experiências que nos façam sentir que estamos vivos!

Levando connosco a força dos nossos sonhos, a coragem de os realizar e a ousadia de vencer…

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Fazer pela Vida




Cada um de nós tem a sua maneira de fazer as coisas, as suas estratégias para alcançar o que deseja...

Questiono, é se os meios justificarão o fim?!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pensamento...

A tristeza é um estado que nos faz pensar e reflectir, e saber o que realmente queremos. Mas não devemos sobrecarregar os nossos dias com preocupações, nem entristecimento, para não perder-nos a oportunidade de viver com alegria e valorizar o que realmente é especial.

E muitas vezes “aquilo que pedimos aos céus está, na maioria das vezes, nas nossas mãos” (William Shakespeare).

domingo, 1 de agosto de 2010

Sininho II

Sininho II

O meu "sininho" perdeu o encanto!
Pensei que tu, "sininho", fosses diferente e não o és...

Voltarás para o lugar, lugar que não deverias ter saido,
Não por castigo, mas por não fazeres mais parte da minha vida!

Adeus Sininho

sábado, 31 de julho de 2010

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

(Alexandre O'Neill)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

História dos Sentimentos

História dos Sentimentos…

Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos, qualidades e defeitos dos homens em um lugar da terra.

Quando o aborrecimento havia reclamado pela terceira vez, a loucura como sempre tão louca lhe propôs: “Vamos brincar ao esconde-esconde?!”. A intriga levantou a sobrancelha intrigada e a curiosidade sem poder conter-se, perguntou, “Ao esconde-esconde?”. “É um jogo” – explica a loucura “Em que em fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão, enquanto vocês se escondem e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para assim continuar o jogo”.

O entusiasmo dançou seguida da euforia. A alegria deu tantos saltos que acabou por convencer a dúvida e até mesmo a apatia que nunca se interessa por nada. Mas nem todos quiseram participar: a verdade preferiu não se esconder, “Para quê? No final todos me encontram?”, pensou ela! A soberba opinou que era um jogo muito tonto e a covardia preferiu não arriscar-se. “Um, dois, três, quarto... ...” Começou a contar a loucura.

A primeira a esconder-se foi a presa, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho. A fé subiu ao céu e a inveja se escondeu atrás da sombra do triunfo, que com o seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta. A generosidade quase não conseguia esconder-se, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum dos seus amigos: se era um lago cristalino, ideal para a beleza, se era a copa de uma árvore, perfeito para a timidez, se era o voo da borboleta, era o melhor lugar que se podia encontrar para a volúpia, se era uma rajada de vento, magnifico para a liberdade. E assim, acabou por se esconder num raio de sol.

O egoísmo, ao contrário, encontrou um local muito bom, desde o inicio: ventilado, cómodo, enorme mas apenas para ele. A mentira escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade escondeu-se atrás do arco-íris) e a paixão como o desejo esconderam-se no centro dos vulcões.

O esquecimento, por sua vez, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é importante! Quando a loucura estava pelos novecentos e noventa e oito milhões, o amor ainda não havia encontrado um lugar para se esconder, pois estavam todos ocupados, até que encontrou uma rosa e carinhosamente decidiu esconder-se entre as suas pétalas.

“Um milhão” terminou de contar a loucura e começou a sua busca. Primeiro a aparecer foi a pressa apenas a três passos da primeira pedra que tinha caído. Depois escutou a fé discutindo com Deus no céu sobre zoologia. Sentiu a vibrar a paixão e o desejo no centro dos vulcões. E em descuido encontrou a inveja e claro, pudesse deduzir onde estava o triunfo.

O egoísmo não teve que procura-lo, saiu sozinho disparado do seu esconderijo que na verdade era simplesmente um ninho de vespas, quem quer tudo nada tem! De tanto caminhar sentiu sede e ao aproximar-se de um lago descobrir a beleza. A dúvida foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma pedra onde se encontrava para decidir onde se esconderia. E assim foi encontrando todos: o talento entre a erva fresca, a angustia em uma cova escura, a mentira atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano) e até o esquecimento que já havia esquecido que estava a brincar ao esconde-esconde!

Apenas o amor não parecia em nenhum local. A loucura procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rochedo, de cada pedra e em cima das montanhas... Quando estava a ponto de ser dada como vencida, encontrou uma roseira. Pegou num ferro e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito, os espinhos tinham ferido o amor nos seus olhos. A loucura não sabia o que fazer para se desculpar, chorou, rezou, implorou, pediu e até prometeu ser o seu guia…

Desde então, desde que se jogou pela primeira vez, o jogo do esconde-esconde na terra: O Amor é Cego e a Loucura sempre o Acompanha...

terça-feira, 29 de junho de 2010

A diferença entre o Amor e Amizade

A diferença entre o Amor e Amizade


O Amor é mais sensível,
A Amizade mais segura.

O Amor nos dá asas,
A Amizade o chão.

No Amor há mais carinho,
Na Amizade compreensão.

O Amor é plantado
e com carinho cultivado.
A Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.

Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo.

E quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

Adaptado William Shakespeare

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A fé de uma criança

A fé de uma criança

De uma conversa dissimulada que ouvir a seus pais, ficou a saber, simplesmente, que o seu irmãozito mais novo estava muito doente e que se encontravam em grandes dificuldades familiares por falta de dinheiro. Trata-se de uma menina com apenas seis anos de idade. No próximo mês, iriam mudar-se para um espaço um pouco mais pequeno, nos arrabaldes da pequena cidade, porque o seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguer daquele exíguo apartamento onde moravam. Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o menino, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes o dinheiro.

A menina ouviu o seu pai fazer esta declaração à sua mãe chorosa: “Somente um milagre poderá salvá-lo…”.
Ficou muito triste e pensativa… “Somente um milagre poderá salvá-lo!” Esta frase não lhe saía da mente… foi ao seu quarto, abriu a gavetinha onde guardava o seu frasco-mealheiro. Despejou todo o dinheiro que tinha e conto-o cuidadosamente. O total tinha que estar exacto. Não havia margem para erro.
Colocou as moedas de novo no frasco, com cuidado, e fechou a tampa. Saiu devagarinho, pela porta dos fundos, e caminhou até chegar à farmácia…

Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento, conversando com um irmão seu que tinha chegado do estrangeiro.
Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho e… nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada. Por fim, pegou numa moeda e bateu no vidro do balcão. Foi atendida finalmente!

- O que queres, menina? – Perguntou o farmacêutico com voz sacudida. – Não vês que estou ocupado com este senhor?!
- Sim, mas eu quero falar sobre o meu irmão que se encontra muito doente! – Respondeu a menina, timidamente. – Eu desejava comprar um milagre para ele. Quanto custa?
- Como?! – Balbuciou o farmacêutico admirado.
- Ele chama-se André – acrescentou a criança – é mais pequeno que eu e tem algo muito perigoso a crescer dentro da sua cabeça, e ouvi o meu pai dizer à minha mãe que só um milagre poderá salvá-lo. E é por isso que estou aqui.
- Não vendemos milagres aqui. Não posso ajudar-te, garota – respondeu o farmacêutico, em tom mais suave, mas virando costas, como quem a despedia.
- Oiça senhor, eu tenho dinheiro para pagar! No caso de não chegar eu conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custo? – Insistiu a pequena.
O senhor que antes falava com o farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo em frente e perguntou à garota:
- Que tipo de milagre precisa o teu irmão?
- Não sei, senhor! – Respondeu ela, levantando o olhar para ele – Só sei que ele está muito mal, e a minha mãe diz que precisa de ser operado! Como o meu pai não pode pagar, quero usar o meu dinheiro…
- E quanto dinheiro tens? – Perguntou o cavalheiro.
- Vinte e dois euros e trinta cêntimos. – Respondeu a menina timidamente – É tudo o que tenho mas posso conseguir mais, se for preciso!
- Mas que coincidência, minha pequena! – Sorriu o homem – Exactamente o preço de um milagre para o teu irmãozito.

O homem pegou no dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse:
- Leva-me a tua casa. Quero ver o teu irmão e conhecer os teus pais. Pode ser que tenha o tipo de milagre que ele precisa.
Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em neurocirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custos. Alguns meses depois, o André estava novamente em casa, recuperado.
A mãe e o pai, em atitude de gratidão sem limites, comentavam, alegres e felizes, a sequência dos acontecimentos ocorridos.
- A cirurgia – comentou a mãe – foi um milagre real. Quanto teria custado?!... Jamais poderíamos suportar tal despesa para salvar o nosso filho…!
A menina sorriu, pois ela sabia exactamente quanto custou o “milagre”.

Deus ou naquilo que tu queiras acreditar, coloca os recursos nos lugares exactos. Para os encontramos, basta um passo na direcção correcta. Na direcção da fé, da esperança. Aí sim, encontraremos a resposta para todos os problemas que não conseguimos resolver…

(In Boletim Salesiano)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

"Sininho"

“Sininho”

Sinto necessidade de escrever sobre ti, “sininho”…

Um sininho, aquelas “coisas” minúsculas, insignificantes, que são só mais um perante muitos outros… mas eu preciso de falar sobre este sininho!

Um sininho que no meio de outros tantos sobressaiu, brilhou, exaltou, aclamou e eu o avistei. Olhei indiferente, com uma certa curiosidade assumo, mas o desinteresse predominou e não o vi com olhos de o ver.

Não te senti. Não te apreciei como esperavas. Não te admirei como merecias. Para mim serias só um sininho, não insignificante porque te vi e isso faz de ti parte da minha vida, porque seja qual fosse a razão desperdicei alguns momentos dela a ti, sem saber exactamente a razão.
Mas como as coisas verdadeiras, tu sininho, não saíste do teu lugar. Não desistis-te de aclamar. E mais uma vez voltei a ver-te nesse mesmo lugar. Lembro-me de pensar… vou colocar-te em outro lugar, para que de alguma forma eu pudesse usufruir da tua companhia, já que estava sozinha e tu nesse teu lugar oculto.

Mostras-te ser um sininho certo, todos os momentos necessários, tu, sininho, praticavas a tua missão.

Este sininho, tornou-se um amuleto para mim, porque nos momentos exactos ele dava o seu sinal, com a sua atitude tão sua, tão personalizada, que diferenciava de todos os outros. Não me chamem de tola, quem de nós não identifica, seja a que for ou a quem for, este sininho!

Esse sininho aos poucos foi fascinando-me, com as suas baladas, e quando mostrou o seu mundo senti uma certa cumplicidade que me fez olhar de novo para ele, valorizando-o, como até à data nunca o fizera… e com o tempo fomos complementando-nos, tornando-nos numa das mais belas personificações de histórias que possa haver…

E como desejo viver uma dessas histórias que os finais acabam bem… que as pessoas são humanas… que os sentimentos são eternos!

Chamo-te Sininho porque refilas muito, mas espalhas pó de ouro em tudo o que tocas como a personagem do Sininho na história do Peter Pan.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Não significa que te esqueci!

Não significa que te esqueci!

Senti a brisa em minha face
No meu olhar uma esperança
No meu coração um alento que me confortou...
E em minha alma uma segurança
Não que seja de confiança, mas sinto-me bem assim.

Algo em mim mudou
Mas todos nós somos escravos do que precisámos.
E eu ainda preciso de ti!

Mas agora estou certa
Que a vida sempre nos reserva algo de especial
E que as vontades mudam, que os sentimentos se adaptam
E novos sentimentos se constrói, como um pilar fundamental
Para uma esperança renascida.

Algo em mim mudou.
Não te sinto tão perto.
Mas ainda penso em ti!

É bom este sentimento sentir
Esta confusão se instalar
Que nos faz pensar
Mesmo não conseguindo o sentimento definir
E o medo vivenciar...

Algo em mim mudou
Agora, sinto-me bem aqui
Mas ainda me lembro de ti!

Estou aprender de novo a Sentir.
A acreditar nesse mundo que nos faz sorrir sem razão
Aprender a retribuir...
Um sorriso
Um abraço
Um beijo!
E onde estiver, eu estou.
Onde for, eu vou...

Algo em mim mudou
Algo começo a sentir
Mas, não significa que te esqueci!

sábado, 22 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O meu recomeçar...

O meu recomeçar…

Não sei se o sou capaz de o fazer…
De concretizar…
Mas o meu objectivo é esse…
De recomeçar.
A vida é breve, a nossa alma é profunda
E nem sempre sou capaz de a definir
Ou mesmo de a encontrar…
Tudo o que imploro é esta âncora abandonar
Partir… embarcar para outro sítio, para outro lugar…
Para tudo esquecer
E recomeçar.

Nasce uma nova esperança
Tento de novo recomeçar…
Tudo o que tenho é certo, mas algo impede de inovar.

Mas recomeçar é necessário
Recomeçar é-me imposto
Para a minha dignidade humana, preciso de recomeçar.

E sei que um dia vou alcançar essa plenitude
Demore o tempo que for
Seja qual a dor que me atormentar
Eu sei que vou obter
Resiliência suficiente para de novo voar!


terça-feira, 11 de maio de 2010

A ti, meu Porto de Abrigo

A ti, meu Porto de Abrigo

Eu vivo, talvez num mundo à parte. Eu sinto, talvez de forma diferente. Eu penso, talvez demasiado e transcendente . Tudo o que sou, é tudo o que escrevo, o que sonho, tudo em que acredito. Não sou a imagem que as pessoas gostavam de ver em mim!
O mundo de lá fora, é tão diferente do meu. Deixo que o meu espirito viva em função do que acredito, e vive em função do meu coração e dos meus olhos. Estes são, e serão, os meus companheiros de vida, os meus guias.


Mas “comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afundaram nos teus” (Inês Pedrosa – “Fazes-me Falta”).


E só um abraço me consegue proteger, salvaguardar! Fazer acreditar. E como é bom volta-lo a sentir.. Como é bom o Porto Seguro de novo encontrar. Só por algumas horas mas o suficiente para a magoa e a tristeza matar.


O teu abraço é um porto de abrigo em que me amparo, onde me procuro e realizo tudo o que não sou capaz de realizar sozinha. Encontro paz. Onde me escondo e refugio. Onde me descobro. Onde renasço, seja isso o que for.


A minha alma volta a sentir… um abraço apertado… aconchegado… verdadeiro… sem maldade, nem falsidade… Como é tão bom sentir…
O teu Abraço!

Dedicado a LMCP


quarta-feira, 21 de abril de 2010

O segredo para ser Feliz

O segredo para ser Feliz… (*)

Há muitos anos viveu na Índia um sábio de quem se dizia que guardava, num cofre encantado, um segredo enorme, segredo esse que fazia triunfar em todos os aspectos da vida e que, por isso, se sentia não o homem mais rico e com mais honras, mas o homem mais feliz do Mundo.

E isto era tão visível a todos, que os reis e imperadores, pessoas muito ricas e também vencidos da vida, ofereciam àquele senhor, enormes quantias de dinheiro para lhes confiasse tal segredo. Mas ele, por dinheiro nenhum o revelava. Tentaram, de todas as formas, até assaltá-lo e roubar-lhe o cofre onde tal magia era guardada, mas foi tudo em vão… Quando mais arriscavam mais infelizes se sentiam, pois a inveja, o rancor, a rivalidade tornavam-nos mais desgraçados.

Os anos iam passando e apesar de velho, o sábio era cada vez mais feliz. Mas um dia, uma criança simples, abeirou-se do simpático velhinho dizendo-lhe: “tal como acontece consigo, também eu não desejaria fazer fortuna, mas sentir-me assim feliz, bondoso e humano para todos, lá isso gostava, meu caro senhor… porque não me ensinas o que devo fazer para o conseguir?”
O sábio, ao sentir aquela simplicidade e pureza, disse-lhe: “A ti, meu menino, eu vou transmitir-te o segredo para essa felicidade… Vem comigo e presta atenção…”
E iniciou: “Na realidade são dois os cofres onde guardo o segredo para ser feliz. São a minha mente e o meu coração. O meu segredo consiste numa serie de passos que deves dar ao longo da vida…

O primeiro passo é perceber que Deus está presente em todas as coisas da vida e, por isso, deves amá-lo e agradecer-lhe tudo o que tens e tudo o que te acontece.

O segundo, deves amar-te a ti mesmo e, todos os dias, ao levantar-te e deitar-te deves afirmar com convicção: Eu sou importante, tenho valor, sou capaz, sou inteligente, sou carinhoso, vou esperar muito de mim pois não há obstáculo que não possa vencer. Este passo significa: ter a auto-estima elevada.

O terceiro passo é o mais importante. Terás que pôr em prática aquilo que afirmas, ou seja: se dizes que és inteligente, actua inteligentemente; se dizes que és capaz, faz o que te propões; dizendo que és carinhoso, expressa o teu amor, se dizes que não há obstáculos para ti, então propõe-te metas na tua vida e luta por elas até as conseguir.

O quarto passo: nunca tenhas inveja de ninguém por aquilo que tem ou pelo que é. Eles conseguiram as suas metas, trabalha pelas tuas.

O quinto passo: não podes guardar rancor a ninguém no teu coração. Tal sentimento nunca te deixará ser feliz. Deixa que as leis de deus façam justiça; e tu perdoa simplesmente.

Sexto: nunca podes tomar para ti o que não te pertence a ti. Lembra-te que, segundo as leis da natureza, amanha te tirarão algo de mais valor.

O sétimo passo, não deves maltratar ninguém, pois todas as pessoas têm direito a serem respeitadas e amadas. Ajuda os outros.

E finalmente, levanta-te sempre com um sorriso nos lábios, olha ao teu redor e descobre, em todas as coisas o seu lado bom e positivo. Pensa como és feliz tendo tudo o que tens, e lutando pelo que acreditas, o que eu teu, a ti virá… o que tiver de acontecer acontecerá, se realmente queres algo, acredita com toda a força do teu coração e isso acontecerá…”

(*)Samuel Arango

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Recomeçar

Recomeçar (*)

“Não importa onde parou…
Em que momento da vida cansou…

O que importa é que sempre é possível e necessário ‘recomeçar’!

Recomeçar…
Recomeçar é dar uma nova oportunidade a ti mesmo…
É renovar as esperanças na vida e, o mais importante…
Acreditar em ti de novo.

Sofreu muito neste tempo?
Foi aprendizado…
Chorou muito?
Foi limpeza da alma…
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia…
Sentiu-se só por diversas vezes?
É porque fechaste a porta até para os anjos…
Acreditou em tudo que estava perdendo?
Era o início de tua melhora…
Onde desejas chegar?
Ir alto…

Sonhe alto…
Queira o melhor do melhor…
Se pensamos pequeno…
Coisas pequenas teremos…
Mas se desejarmos fortemente o melhor
E principalmente lutarmos pelo melhor…
O melhor vai se instalar em nossa vida.

…. Porque eu sou do tamanho daquilo que vejo,
E não do tamanho da minha altura…” :)

(*) Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Reflexão (22*)

Reflexão (22*)

Nestes poucos anos de vida,
Foram muitas as aprendizagens que a vida me presenteou
Foi uma caminhada com coisas boas e outras menos boas!
Infelizmente, ensinou-me a pronunciar Adeus às pessoas quem gosto,
Mas ensinou-me a não arrancá-las do meu coração.

Agradar às individualidades que não gostam de mim com um sorriso
Fazer de conta que tudo está bem, quando isso não é verdade,
Mas é a verdade que desejo acreditar
E é a esperança que tudo vai mudar!
E o sorriso tem o seu encanto…

Aprendi a silenciar para poder ouvir
A observar em vez de instantaneamente agir.
Aprendi a observar os erros dos outros,
Mas aprendi ainda mais com os meus,
Mas agora eu sei que posso ser sempre melhor!

Aprendi a lutar pelo que acredito,
Que os obstáculos estarão sempre lá,
E a forma para os ultrapassar está na maneira como vemos as coisas…
Aprendi a dar um sorriso quando o que mais desejo é clamar todas as minhas dores para o mundo,
Aprendi a controlar os sentimentos, e a saber dizer não.

Aprendi a ser forte, ser bom ouvinte
A ajudar quando os que me procuram, tentar dar um porto de abrigo,
Um ombro amigo, e ajudar os outros ajuda-nos a nós próprios!
Senti que sentir-nos útil, é um sentimento maravilhoso que nos invade
E que nunca nos deixa sentir sozinhos.
Aprendi a dar afecto, a fazer um carinho, mesmo na ausência dele.
Aprendi que gostar de estar sozinho, não significa solidão
E a solidão não tem de ser maligna.

Aprendi o valor do perdão e aprendi a perdoar incondicionalmente,
Pois também eu já necessitei desse perdão.
Não é que precisasse, mas aprendi a sonhar ainda mais, mesmo acordada…
Porém aprendi a acordar para a realidade,
Usar a serenidade e a sensatez em cada situação.
Abusar da sinceridade e usar a verdade,
Mesmo ponderando se devo ou não dizer tudo o que vai no coração.
Compreendi que é preciso distinguir momentos, situações e pessoas.

Cada dia que a vida me presenteou até hoje,
Houve dias que não aproveitei. Admito!
Dia (s) que amaldiçoei, e desejei desaparecer.
Mas também houve dias maravilhosos e conquistas únicas que vivenciei.
Hoje sei, que a vida é tudo isso, e muito mais.
E a vida deve ser vivida intensivamente,
E todos os dias fazem parte da vida, e o dia de amanhã, não sei se estou cá…
Ou se uma das pessoas importantes para mim, vai estar!
É preciso nisto reflectir!
É preciso para a vida acordar…

É preciso viver,
Abraçar, abraçar muito…
Beijar, beijar muito…
Chorar, chorar de saudade sem vergonha
Ter tempo para ouvir o mar, ver as estrelas, sentir o vento.
Dar gargalhadas, ver o encanto do pôr-do-sol.
Ver e sentir o significado da família, da amizade…
Saber e dar valor à vida…
Independentemente de estar ou não tudo bem.
Sentir a dor, a mágoa, a tristeza tudo faz parte da vida
Para haver evolução.

A vida ensinou-me a não temer o futuro,
Ter o positivismo e o sorriso como companheiro de caminhada
Se fraquejar, ousei e tentei, e voltar a tentar…
Os amigos vão-me amparar.
Viver o presente como uma prenda que abrirei todos os dias
Não quero dizer que todos os dias serão alegres
Mas quero dizer que vou dar valor à vida e ao que tenho ao meu redor
Porque o que não tenho é porque não me pertence.
E o que quero conquistar, isso já dependerá de mim.

Comprometo-me, nesta reflexão partilhada
Que neste novo ciclo que se aproxima, vou cuidar muito mais de mim
E viver a vida que tanto tempo desperdicei,
Dar oportunidade à vida, dar oportunidade às pessoas
A abrir a porta para o amor
Arriscar mais, ponderar menos
Não ter medo de viver.
Sonhar e acreditar muito mais…

Venham eles… :)

sábado, 3 de abril de 2010

Tim "Voar"

VOAR** =)

Eu queria ser astronauta… O meu país não deixou!
Depois quis ir jogar á bola… A minha mãe não deixou!
Tive vontade de voltar á escola… Mas o doutor não deixou!
Fechei os olhos e tentei dormir…
Aquela dor não deixou!

Oh meu anjo da guarda
Faz-me voltar a sonhar…
Faz-me ser astronauta e voar!

O meu quarto é o meu mundo… O ecrã é a janela!
Não choro em frente à minha mãe... Eu que gosto tanto dela!
Mas esta dor não quer desaparecer... Vai-me levar com ela!
Oh meu anjo da guarda
Faz-me voltar a sonhar…
Faz-me ser astronauta e voar!

Acordar meter os pés no chão…

Levantar pegar no que tens mais à mão!
Voltar a rir… Voltar a andar… Voltar! Voltar!

Voltarei! Voltarei!

Voltarei! Voltarei!

Voltarei… Voltarei…Voltarei… Voltarei.

Acordar meter os pés no chão...

Levantar pegar no que tens mais à mão!
Voltar a rir... Voltar a andar… Voltarei!

Páscoa

"(...)
Sexta-Feira Santa

Enquanto, O crucificavam, Jesus exclamou:
“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34 a).
Nem sempre consigo que o perdão seja a minha última palavra...
Só o perdão genuíno quebra o ciclo de violência que vezes de mais toma conta do nosso quotidiano.
É algo a recordar neste dia em que Jesus morre por nós,
Para nos ensinar a viver.

Do alto da cruz, Jesus exclama
“Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?!” (Mc 15,34).
Neste grito de dor, Jesus torna-se próximo de todos os que se sentem abandonados por Deus,
de todos os que sentem que Deus abandonou o mundo...
Ele quer acompanhar-me quando o sofrimento me faz tocar a descrença.
É algo a recordar neste dia em que Jesus morre por nós,
Para nos ensinar a viver.

Prestes a terminar a sua vida, Jesus exclama:
“Tudo está consumado”. (Jo 19,30 a).
Que bom seria se no fim da vida eu pudesse dizer-me consumado, completo
Em vez de me sentir consumido, vazio.
Consumar ou consumir... uma questão para o nosso tempo, uma questão para a minha vida!
Algo a recordar neste dia em que Jesus morre por nós,
para nos ensinar a viver.
Sábado Santo
Na cruz, Jesus entrega João - o discípulo predilecto - a sua Mãe
“Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe! (Jo 19,26-27).
Deus não quer a solidão, antes nos ensina a construir relações de familiaridade com Ele e com os nossos.
Nesta Páscoa, serei capaz de um gesto surpreendente na minha família?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!

Uma das últimas palavras de Jesus foi
“Tenho sede” (Jo 19,28 b).
Por vezes sinto a falta de Deus... mas na cruz é ele que sente a minha falta.
Ele carrega consigo as minhas faltas, tem sede por causa da minha aridez.
Nesta Páscoa, serei capaz de acreditar num Deus assim?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!

Antes de morrer, Jesus disse
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23,46 b)
Nas pequenas ou grandes mortes do dia-a-dia
(que podem ser no trabalho, no estudo, na família, nas relações...) a quem entrego o meu espírito?
Nesta Páscoa, serei capaz de entregar ao Pai as minhas preocupações
ou continuarei a entregar-me eu às preocupações?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!

Ao bom ladrão, única voz amiga no momento do calvário, diz Jesus:
“Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23,43).
O paraíso é a intimidade com Deus, é viver amando e sendo amado...
Para isto basta olhar Jesus nos olhos e dizer-lhe com confiança “lembra-te de mim!”
Tanto por tão pouco!
Nesta Páscoa, serei capaz de uma confiança assim?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!
(...) "

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Voar***


A propria Natureza indica-nos como devemos seguir a vida!
Simplesmente com um sorriso, a vida torna-se mais "especial"...

***

quarta-feira, 31 de março de 2010

"Encontrei-A"

Sonhei! Ontem sonhei que pude voar… E voei, voei como não houvesse amanhã. E aproveitei, sim aproveitei, como de alguma forma algo de especial fosse encontrar. Toda a noite não parei, entre os dois mundos, estava “ali” e ali fiquei. E sim, quase ao amanhecer, a encontrei…
Queria lhe bater, perguntar porque me tinha abandonado, porque me tinha deixado tanto tempo a pairar… Mas surpreendeu-me ao encontrá-la num recanto! Estava com um aspecto diferente do que esperava encontrar, e não consegui ficar indiferente do seu olhar. Por momentos, perguntei a mim mesma, em meu pensamento obscuro, o que teria acontecido para ela estar escondida naquele lugar…
Devagar, com uma certa hesitação, fui aproximando-me… Não olhou para mim, nem se quer respondeu… novamente insisti… persisti… e finalmente consegui. Pedi a ela para não ficar no seu canto. Pedi para que viesse comigo, e com uma certa humildade disse que podíamos algo partilhar. Senti-a fragilizada, identifiquei-me, e acredito que ela se identificou comigo, pois um diálogo se iniciou, contudo nela encontrei a determinação que em mim se perdeu e a ousadia que um dia me identificava.
Falei da minha dor, das minhas mágoas, riu-se! Riu-se, e perguntou como fui capaz de tão fácil fracassar… Eu sem resposta fiquei, não estava à espera que tal acontecesse, mas fiquei por momentos a pensar. Então respondi, que tinha fracassado “talvez” por ter deixado de em mim acreditar. Novamente, deu uma gargalhada e com um certo gozo perguntou: “Como foste capaz de deixar de acreditar naquilo que de melhor que nós temos, nós próprios?” Logo respondi sem pensar, que “de/o melhor” que um dia tive, o vento, a vida, me levou e que o vazio permaneceu como lembrança e só a dor ficou.
O silêncio, permaneceu…
Ela, viu o sofrimento em meu olhar, e com uma tranquilidade e serenidade, começou a meditar… Olhou-me nos olhos, que de alguma forma não me esqueço do seu olhar, e disse: o que temos de bom, de belo, connosco ficará, poderá ser difícil por vezes encontrar em nós o que queremos, mas estará lá, terás de ter paciência e persistência, mas estará lá. Ninguém tem o dom de tirar-nos o melhor que temos, o brilho do nosso olhar, esse brilho só se perderá quando nós próprios assim o quisermos, porque ele estará lá! Temos, sim de nos valorizar!
Ouvi com atenção, no fundo foram mais filosofias que acabei de ouvir. Mas furiosa porque todos gostam de falar e pouco de fazer, perguntei então, o porquê é que até ela própria estava escondida e que foi preciso insistir para comigo vir? Foi então, que senti um vento em minha face, um furação no coração, e ela prenunciou bem alto: “não sou eu que tenho de procurar as pessoas, são as pessoas que me precisam de encontrar”, filosofias pensei eu, mas continuou “as pessoas precisam de querer encontrar. Só quando elas se decidirem ir à minha procura, é que eu sei que é chegado o momento”.
Achei que de alguma forma ela tinha razão no que dizia, e o diálogo proporcionou-se quase, mesmo quase, até ao amanhecer. Trocamos ideias, perspectivas, reclamamos sobre a vida, sobre o destino. Mas no fim de tudo, soube que tinha-a encontrando e que desta vez não a ia perder. E prometi, que novamente não a ia desiludir, se fui capaz de a convencer em meu sonho entrar, também serei capaz de deixar partir o que é necessário do passado deixar, para que ela nunca me falte perante a vida, novos objectivos encontrar e de novo voltar amar.
Ela chama-se CORAGEM, e Coragem todos temos de a ter.

segunda-feira, 22 de março de 2010

É hora de recomeçar :)

É hora de recomeçar*

Hoje…
Agora…
É hora de recomeçar!

Depois de uma avaliação honesta
E não rigorista da vida passada...

Está na hora de começar de novo!

De criar novos sonhos,
De fazer renascer outros tantos
Apoiados em novos talentos encontrados,
E carregar a mala de gratas recordações,
De profundos instantes de vida
De grandes momentos de felicidade.

É hora de recomeçar.
E o momento certo é o hoje… o agora!

Sendo que a vida é feita de ciclos
Uns iniciam, outros terminam,
Assim é a vida.

O luto se faz no seu tempo, ao tempo de cada pessoa
Mas não podemos fazer a nossa vida o luto.
Cada luto, cada crise, trás-nos também a esperança.
Esperança de criar objectivos
Esperança de voltar a sonhar.

*Bastos (2004)

Agora Sim...
Agora...
É hora de começar ;)

sábado, 20 de março de 2010

Hoje, especialmente...

Hoje....

Porque hoje é um dia "diferente", especialmente, e as palavras mais sensatas não saem...

Simplesmente partilho algo especial...

Disfrutem...


******

sexta-feira, 19 de março de 2010

Marginal

Marginal

Alegria exterior
Perfeitamente simulada,
Minha mágoa
Perfeitamente disfarçada.
Impossível a solidão não coabitar
Nesta esquina diferente,
Onde um público fictício aplaude
As discussões que travo com a minha mente.
Insensíveis negam ser,
Mas olham
E procuram não me ver
Sou extremo ignorado…

Então, salto e rio,
Abafo as lágrimas
E lanço estridentes gargalhadas.
Sou marginalizado,
Aparentemente alegre,
Desprezado.

sábado, 13 de março de 2010

Balançar

Pedes-me um tempo,para balanço de vida.

Mas eu sou de letras,não me sei dividir.

Para mim um balanço é mesmo balançar, balançar até dar balanço e sair...
Pedes-me um sonho, para fazer de chão.

Mas eu desses não tenho, só dos de voar.
Agarras a minha mão com a tua mão e prendes-me a dizer que me estás a salvar.

De quê?

De viver o perigo.

De quê?

De rasgar o peito.

Com o quê?

De morrer,mas de que paixão?

De quê?

Se o que mata mais é não ver o que a noite esconde e não ter nem sentir o vento ardente a soprar o coração...
Pedes o mundo dentro das mãos fechadas e o que cabe é pouco mas é tudo o que tens.

Esqueces que às vezes, quando falha o chão, o salto é sem rede e tens de abrir as mãos.
Pedes-me um sonho para juntar os pedaços mas nem tudo o que parte se volta a colar.
E agarras a minha mão com a tua mão e prendes-me e dizes-me para te salvar.

De quê?

De viver o perigo.

De quê?

De rasgar o peito.

Com o quê?

De morrer,mas de que paixão?

De quê?

Se o que mata mais é não vero que a noite esconde e não ter nem sentir o vento ardente a soprar o coração.

Espectro

Espectro

Não!
Não me procures hoje, Hoje NÃO!
Viajo nas asas do vento anelando a escuridão distante.
Ó sonho atroz!!! Atormentas minha alma de nadas (…)
No silencio do meu coração jazem palavras inauditas,
Quimeras latentes de segredos,
Utopias tristes prontas a despontar.

Não!

Não me procures… pois o meu olhar
É longínquo e perturba os corações humanos.
Olha, vê a noite, contempla o céu.
Vês aquela estrela?
Sou eu a brilhar na vastidão do universo.
Por isso, deixa-me voar nas asas do meu sonhar…

….

sexta-feira, 12 de março de 2010

Para reflectir...

“Estamos num rio que corre, num perigoso rio da Vida e não na sua margem…” (Antonovsky)
Duas orientações:

1) Orientação Patogénica
… Olhamos para as perigosidades do rio…

2) Orientação Salutogénica
… Olhamos para a nossa capacidade de nadadores…

O que queres ser amanhã?

Tens aí a tua resposta!

Expressões Contraditórias

Expressões contraditórias

Num inconveniente sorriso
Mil e uma lágrimas se tornaram.
Cumprimentos de uma formalidade postiça,
A que respondes com uma insuportável indiferença.
Um misto de raiva e dor sinto
Mas sim, reajo com uma frieza
Quase britânica!

Porém, basta um olhar
Para minhas expressões desacreditar.
Os lábios ávidos reclamam sensações,
Uma vontade de abraçar
Um sentimento oprimido

Mas, não quero sentir
O que sinto, não posso exprimir.
Não é hipocrisia,
Nem falsidade pode ser.
É, tão simplesmente, o orgulho De quem tu obrigaste a sofrer.

terça-feira, 9 de março de 2010

Amigo

Amigo

Amigo… Preciso de ti…
Longe de ti está frio… e arrefece…
Tu és a chama que aquece
O brilho do meu olhar

Amigo… Tu dás-me forças para voar
Junto a ti, já não sou algo sem valor
Ganho asas, sou uma borboleta multicolor
Uma abelha, uma flor, um pedaço de paisagem

Já não fico parada a meio do caminho
Frente de um abismo que não posso passar sozinho
Tu és a ponte para a outra margem

Meu amigo… meu irmão…
És aquele que ternamente me pega na mão
E sorrindo me diz: Estou aqui.
Não desistas de ti.

Obrigado por seres Meu Amigo

Saudade

Saudade

Ouço ao longe um grilo a soluçar
E o seu canto triste eleva-se no ar...

Melodia doce, terna e magoada
Que na magia da noite estrelada.

É uma luz que atravessa a solidão,
É um coração que chora, mas em vão...

Chora a princesa encantada
Cujo olhos têm o brilho dos cristais
Cujo o sorriso ilumina a madrugada
Cujo rasto se perdeu cedo demais...

E ao ouvir o grilo a cantar
Penso que ele está aqui pelo memso que eu:
Está chorando a contar ao luar
As saudades de alguém que se perdeu.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tem cuidado contigo!

Tem Cuidado Contigo

Vai até onde o teu coração te levar

A vida é um caminho que se faz caminhando.
Na vida somos o arquitecto das nossas próprias obras e pintores dos nossos próprios dias. Assim como pintamos de preto os dias maus, também devemos ter a capacidade de pintar de verde, os dias menos bons para dar um pouco de esperança.

Mas como menciona Susanna (escritora) o nosso grande erro na vida é acreditar que a vida é como é, que a vida é inalterável, que quando mal escolhemos um caminho, temos de o seguir até ao fim. A vida não pode ser tão rigorosa, tão ríspida…nós devemos aprender com tudo o que nos é colocado à nossa frente mas devemos arriscar em outras direcções.
Contudo, o destino tem muito mais imaginação do que nós...

Assim, precisamente quando pensamos que estamos num beco sem saída, ou mesmo, quando se atinge o desespero, a descrença… Dá-se uma rajada de vento… e tudo muda… tudo se transforma…. E de um momento para o outro damos por nós a viver uma nova vida! E nessa nova vida, será o fruto da vontade e da força da sua transformação.

Mas fico triste, como fico triste sempre que vejo uma vida desperdiçada, uma vida em que o caminho do amor não conseguiu cumprir-se, e infelizmente há muitas vidas assim. As pessoas deixam-se levar por outras emoções, e esquecem-se o pilar basilar da vida: o amor.

Tem cuidado contigo.

Sempre que à medida que fores crescendo, com as aprendizagens do dia-a-dia, com as aprendizagens da vida e tiveres vontade de transformar as coisas erradas em certas, lembra-te que a primeira revolução a fazer é dentro de nós próprios, a primeira e a mais importante. Porque lutar por uma ideia, por uma concepção, mas sem se ter uma ideia de si próprio é uma das coisas mais perigosas e arriscadas coisas que se pode fazer.

Quando te sentires perdida, confusa, revoltada, P A R Á, pensa nas árvores, e lembra-te da forma como é que elas crescem.
Lembra-te que uma árvore com muita ramagem mas poucas raízes, assim é derrubada, deitada a baixo logo à primeira rajada de vento. E que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raízes e pouca ramagem. As raízes e os ramos devem crescer de igual modo, assim também deves estar nas coisas e estar sobre as coisas, e só assim poderás dar sombra e abrigo, só assim, poderás cobrir-te de flores e de frutos.

E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera.
Porque mesmo no caminho certo mas não tomando as decisões certas serás atropelado. Então, respira, respira com a mesma profundidade e confiança com que respiraste no dia em que vieste ao mundo.
Não deixes que nada te distraia, espera e volta a esperar.
Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração.
Quando ele te falar, levanta-te, e vai onde ele te levar.