sábado, 3 de abril de 2010

Páscoa

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Sexta-Feira Santa

Enquanto, O crucificavam, Jesus exclamou:
“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34 a).
Nem sempre consigo que o perdão seja a minha última palavra...
Só o perdão genuíno quebra o ciclo de violência que vezes de mais toma conta do nosso quotidiano.
É algo a recordar neste dia em que Jesus morre por nós,
Para nos ensinar a viver.

Do alto da cruz, Jesus exclama
“Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?!” (Mc 15,34).
Neste grito de dor, Jesus torna-se próximo de todos os que se sentem abandonados por Deus,
de todos os que sentem que Deus abandonou o mundo...
Ele quer acompanhar-me quando o sofrimento me faz tocar a descrença.
É algo a recordar neste dia em que Jesus morre por nós,
Para nos ensinar a viver.

Prestes a terminar a sua vida, Jesus exclama:
“Tudo está consumado”. (Jo 19,30 a).
Que bom seria se no fim da vida eu pudesse dizer-me consumado, completo
Em vez de me sentir consumido, vazio.
Consumar ou consumir... uma questão para o nosso tempo, uma questão para a minha vida!
Algo a recordar neste dia em que Jesus morre por nós,
para nos ensinar a viver.
Sábado Santo
Na cruz, Jesus entrega João - o discípulo predilecto - a sua Mãe
“Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe! (Jo 19,26-27).
Deus não quer a solidão, antes nos ensina a construir relações de familiaridade com Ele e com os nossos.
Nesta Páscoa, serei capaz de um gesto surpreendente na minha família?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!

Uma das últimas palavras de Jesus foi
“Tenho sede” (Jo 19,28 b).
Por vezes sinto a falta de Deus... mas na cruz é ele que sente a minha falta.
Ele carrega consigo as minhas faltas, tem sede por causa da minha aridez.
Nesta Páscoa, serei capaz de acreditar num Deus assim?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!

Antes de morrer, Jesus disse
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23,46 b)
Nas pequenas ou grandes mortes do dia-a-dia
(que podem ser no trabalho, no estudo, na família, nas relações...) a quem entrego o meu espírito?
Nesta Páscoa, serei capaz de entregar ao Pai as minhas preocupações
ou continuarei a entregar-me eu às preocupações?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!

Ao bom ladrão, única voz amiga no momento do calvário, diz Jesus:
“Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23,43).
O paraíso é a intimidade com Deus, é viver amando e sendo amado...
Para isto basta olhar Jesus nos olhos e dizer-lhe com confiança “lembra-te de mim!”
Tanto por tão pouco!
Nesta Páscoa, serei capaz de uma confiança assim?
Ajuda-me, Senhor, a renascer!
(...) "

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